quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A universalidade do Maoismo e a suposta critica dogmática "demolidora".

Muitos se deparam com supostas acusações de "ultra-esquerdismo" dirigidas aos Marxistas-Leninistas-Maoistas, pelo fato de compreenderem que existe uma terceira, nova e superior etapa, que, se não compreendida leva-nos ao canto do dogmatismo e inutilidade. Esse tipo de critica (que além de falsa é hipócrita, ponto que assinalarei depois) comumente feita pelos seguidores do dogmato-revisionismo albanês é fundamentada unicamente na "sombra" que o revisionista Enver Hoxha viveu, ou seja, escondido atrás de Stalin e do Presidente Mao. E quando ambos morreram, não restou nada à um seguidor livresco e dogmático , a não ser ir contra qualquer aporte do Maoismo. Em síntese, o dogmatismo e profunda incompreensão da ciência do proletariado levou Hoxha completamente ao canto do inimigo. Desse dogmatismo surgiram várias matizes, o revisionismo albanês e a simples incompreensão (ou mau-caratismo) em relação ao Maoismo, aceitando-lhe somente como "Pensamento Mao Tsétung" etc.
  Aqui porém nos focaremos naqueles que alegam que os aportes do Presidente Mao são somente adaptações do Marxismo-Leninismo à realidade Chinesa, desprovidos porém de universalidade. Mas o que mais são os aportes dessa terceira e nova etapa a não ser coisas cabidas ao mundo inteiro? O que é o Maoismo a não ser o guia da Nova Grande onda da Revolução Proletária Mundial? Para aqueles que não compreendem, podemos listar os aportes inovadores do Presidente Mao como:

- A necessidade da revolução democrática de novo tipo, dirigida pelo proletariado e campesinato pobre, em marcha interrupta à ditadura do Proletariado.

- A Grande Revolução Cultural Proletária. Resolvendo um problema candente no socialismo em relação à continuação da revolução, como objetivo de marchar rumo ao Comunismo.

- A guerra popular prolongada, como teoria militar do Proletariado atual. Com o objetivo de estilhaçar pedaço por pedaço do Velho e podre Estado.

- A definição da lei da contradição como principal lei da dialética, E a compreensão da arma revolucionária de "um se divide em dois". Mostrando a força maior da contradição que prevalece sob a unidade.

- A definição da forma de amenizar a contradição Campo X Cidade, por meio da mecanização do primeiro. No geral, a boa compreensão e resolução das contradições não antagônicas entre o Povo.

- A linha de massas: Como forma de tomar as idéias organizadas das mais amplas massas populares, moldá-las à luz do Marxismo-Leninismo-Maoismo e repassar essas idéias ao mesmo Povo que possui essas idéias desorganizadas. Sendo assim uma forma do Partido se comunicar com as massas de forma correta e avançada.

- A critica ao revisionismo que surgiu na época do Presidente Mao. O Grande debate, demolindo teoricamente (processo que podemos encontrar no livro "A Carta Chinesa) a rejeição de Kruschev ao socialismo e seus ataques indevidos à Stalin (ataques que a burguesia Imperialista aplaudiu de pé) e por fim a Restauração Capitalista que o mesmo levou  a cabo na URSS. Logo após também, o Presidente Mao sintetizando a Restauração na URSS e Iugoslávia chegou à teoria e à prática da Grande Revolução Cultural Proletária. Sendo essa um enorme fruto do Grande Debate, que diferentemente do que os ditos "comunistas" centristas da época anunciavam, não era um debate entre Partidos do Proletariado, e sim uma aguda contradição entre representantes das massas (China de Mao, e com muito menos vigor e compreensão, a Albânia) e representantes na Nova Burguesia e seus capatazes, que restauraram o capitalismo na URSS e demais países do bloco oriental (tendo como porta bandeiras: Kruschev, Brezhnev, e como cereja do bolo final, Gorbachev).

Nota-se que dessas contribuições tomamos frutos Internacionais! A Nova Democracia é a forma de resolver primeiramente a contradição maior nos países explorados (prendidos ao Capitalismo burocrático, semi-feudalidade e semi-colonialidade) que é a de "Povos X Imperialismo" para podermos compreender e resolver a contradição "Proletários X Burguesia" que se torna a maior contradição (e mais aguda) depois da Revolução Democrática de Novo Tipo. Desde quando porém, isso é só aplicável a China? Desde quando a Semi-colonialidade e Semi-feudalidade é um aspecto puramente Chinês? Por acaso em nosso solo nacional não encontramos domínio Imperialista (no Brasil, principalmente Yankee) e avanço do latifúndio em regiões com um forte semi-feudalismo?
  Também dentro da Grande Revolução Cultural Proletária. Qual ditadura do proletariado não corre o risco de ser subvertida em ditadura da Nova Burguesia? Por acaso não houveram restaurações na URSS e no resto do bloco leste? Então por quê a GRCP seria um fenômeno puramente Chinês? Se a contra-revolução e engendro de restauração capitalista existe em toda a ditadura do proletariado, logo sua forma de se combater, que é a Revolução Cultural, é um aporte universal.
 A definição da lei da contradição como principal na dialética por acaso também é particularidade Chinesa? Seria então que a contradição é o principio mais forte da dialética somente na finada China Vermelha? Essa definição é de uma validez universal, pois os princípios dialéticos regem não só o solo Chinês mas toda a Matéria existente. Assim como um ovo, de onde o ser que há de nascer dele é aquele que o destrói, o entendimento da dialética encabeçado por Mao é universal. Se aplicando na luta de classes universal e no estudo de todas as contradições da Matéria.
  No inicio do texto também, está formulado que a acusação dogmato-revisionista de um suposto "ultra-esquerdismo" dos Marxistas-Leninistas-Maoistas é pura hipocrisia. Pelo fato de que o revisionismo albanês encabeçado por Hoxha foi aquele que mais usou-se do ultra-esquerdismo. Exemplo: Um total exagero em relação à cuidar da questão religiosa, o ato de jogar a culpa da restauração capitalista no Presidente Mao e além de tudo a critica à natureza de Revolução Democrática de Novo Tipo na China, como sendo algo aberrante, que na verdade é a forma dos Povos oprimidos forjarem sua luta e vencerem a dominação Imperialista. Além de claro, Hoxha possuir desvios de direita, como alegar que não haviam mais classes exploradoras na Albânia. "Sabemos muito bem onde dá nisso, pois o Presidente Mao trabalhou muito bem a questão" - como disse Abimael Guzman Reynoso em relação à crença de que a luta de classes se extingue sob o socialismo.


Sintetizando: Não existe sentido em considerar os aportes do Maoismo como só válidos para o solo nacional Chinês. Suas contribuições são universais, e exatamente por isso constituem-se em uma terceira, nova e superior etapa do Marxismo. Sendo que são resoluções de problemas da Luta de Classes Internacional e luta contra o Imperialismo internacional. Assim, aplicando-lhes a análise fruto dá pratica, como a Revolução Chinesa e o Grande Debate, sintetizando-as e chegando à resolução desses problemas. Esses aportes são então, universais. O Maoismo por sua vez segue sua luta, assim como o Leninismo seguiu, para ser reconhecido como Nova Etapa da ciência do proletariado.





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